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  • arqlucascoelho

Recomeçar x Reinventar x Reaprender

Qual seria o termo mais correto para o momento da sua (minha) vida?


Escrevo esse artigo para mim mesmo, como se fosse um processo de reflexão, para analisar os erros, organizar ideias, mas principalmente tomar decisões e mudar atitudes.

Para essa reflexão, o primeiro obstáculo encontrado é definir um título para esse artigo. Uma vez que precisamos tomar decisões que nos tiram da zona de conforto e sair da zona de conforto não é fácil. Fácil é nos podarmos, postegarmos ou fingir que mudamos e fazendo o mesmo sempre.

Então qual seria o a palavra que melhor definiria o título desse artigo?

Recomeçar: começar de novo, retomar, após interrupção .
Reinventar: recriar uma solução para um problema antigo mas que exige uma nova abordagem.
Reaprender: aprender novamente algo que já se sabia, voltar a aprender alguma coisa anteriormente aprendida.


1990 e bolinha....


Bom, se antes estava difícil de definir, agora ficou impossível. Pois não posso definir em uma palavra, algo que pode ser exatamente a conjunção de todas as palavras. Acredito que o ideal será voltar um pouco no tempo e montar uma linha de raciocínio e quem sabe no final tirar alguma conclusão.

Sempre me orgulhei e me achava o máximo por ter aprendido AutoCad por uma ligação de telefone. Mentira, essa ligação de telefone me abriu uma porta, a qual na juventude me fez evoluir muito profissionalmente. Não aprendi AutoCad por telefone, aprendi algumas ferramentas que me fizeram entrar num escritório com uma equipe em crescimento e aprendizado na ferramenta.

Passávamos um momento de evolução na forma de apresentar os projetos arquitetônico, migrando da "velha prancheta e caneta nanquim", para o computador e o seu AutoCad. Com muitos discursos de otimização do processo de produção dos escritórios de arquitetura.

Assim, era comum que os amantes da prancheta a defendiam (e muitos ainda a defendam) com carnes e unhas, dizendo que o computador nunca iria substituir a prancheta. Para quem acha que isso ocorreu a muito tempo, sim, está certo, para mim isso ocorreu no ano de 1999, ou seja, vinte anos atrás.

E eu diferente de muitos, aprendi numa facilidade usar o novo programa, pois eu achava que dominava a prancheta. Sendo que esse era o ponto, aprendi facilmente, pois meu domínio de prancheta era bom, contudo acadêmico, tinha acabado de fazer Escola Técnica e nem havia passado na faculdade.

Por que era fácil? Pois eu não tinha a rotina da prancheta, estava aprendendo a caminhar, dessa forma, minha passada foi facilmente corrigida para uma nova forma de trabalhar. Não tinha os vícios.


Agora é diferente....


Passado 20 anos, estamos passando por uma nova evolução da forma de apresentar os projetos, saindo de uma "prancheta virtual", para o sistema BIM. E eu como um cara antenado (super atrasado no processo BIM), estou migrando nesse embalo e acho ultrapassado os amantes da prancheta virtual colocarem "mil e uma objeções" sobre o seu uso, aprendizado, investimento e qualquer outra desculpa para não estar acompanhando a nova evolução tecnológica na concepção dos projetos.

O texto parece lindo, o discurso perfeito. Contudo hoje parei numa reflexão de porque meu discurso é lindo mas minha prática nem tanto.

  • Estou com muito serviço;

  • Ainda não domino a ferramenta;

  • Preciso entregar em DWG para a prefeitura;

  • Os cursos são on line (os que eu estou fazendo);

  • ...


Falácias e mais falácias....


Estou me podando, postergando e adiando algo que se eu não iniciar ficarei defasado e diferente dos amantes da velha prancheta, onde quem tinha um lindo desenho a mão conseguiu se manter no mercado por um longo tempo. Quem tiver um lindo desenho no CAD será substituído por um desenho razoável no BIM.

Não me entendam mal. Estou simplificando todo o processo de concepção arquitetônico, a qual não quero tirar os méritos. O foco dessa reflexão é apenas sobre a plataforma de desenvolvimento do projeto.

Ele pode e deve começar com o croqui a mão, pode passar pelo CAD, mas seu desenvolvimento pleno, como uma ferramenta de projeto, deve, sem dúvidas, finalizar com conceitos e aplicações BIM.

As dificuldades que me fazem podar o crescimento e desenvolvimento pessoal e profissional se remete as 03 palavras usadas no título desse artigo:

Reaprender, aprender novamente alguma coisa já sabida, pois um profissional com anos de experiência, não pode não saber desenhar uma planta baixa, entretanto precisa reaprender como desenvolver numa plataforma diferente, como apresentar e utilizar os novos recursos.

Reinventar: recriar novas soluções para seu escritório ou empresa de projetos, utilizando novos recursos de apresentação e criação, bem como a própria qualidade do produto que será entregue (aqui novamente não falo na parte criativa, mas sim na parte técnica, de detalhamento).

Recomeçar: para isso será preciso retomar estudos de softwares, de como usar as novas ferramentes.

Entender que para toda essa transformação acontecer, depende mais da sua vontade de sair da zona de conforto, será o primeiro passo para deixar de postegar e iniciar uma revolução interna, aprimorando sua forma de desenvolvimento de projetos.

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